quinta-feira, dezembro 10, 2009

bossacucanova


A semana começou e vai terminar em ritmo de bossa nova...

O estímulo à bossa nova foi pequeno, confesso. Estava meio receosa em escrever sobre Tom e Vinicius...

No entanto, a reação foi surpreendente! E para quem escreve para um infinito que se chama internet, como eu, quando um visitante passa por aqui é gratificante. Agora, imagina quando alguns visitantes passam? É sensacional!

Mas, também né? Vamos dar a césar o que é de césar. Quem é que não se encontra nas palavras cantadas de Tom Jobim, na melodia doce e despretenciosa da bossa, quem é que não se sente bem ouvindo bossa nova?

E por falar em ouvir bossa nova, passei a semana toda com as minhas músicas preferidas na cabeça. No entanto, não fiquei só no Tom e Vinicius e por isso resolvi compartilhar um pouco mais de bossa com vocês...

Já ouviram falar em bossacucanova?
Se ainda não ouviram não sabem o que estão perdendo...
Bossacucanova não é apenas a junção de algumas palavras interessantes; é uma bossa diferente.

A idéia é simples: coloque em um recipiente muita bossa, cuca fresca e novas batidas, misture bem até a massa ficar homogênea e pronto! Um delicioso preparo para ouvir e apreciar a qualquer momento. (ou quase isso!)

A primeira vez que ouvi o nome (há dois anos), gostei tanto daquela combinação de palavras que resolvi comprar ingressos para o show sem saber ao certo o que iria encontrar...

Bem, encontrei um clima carioca sem igual, músicos super talentosos e uma cantora que dançava com muita bossa... O show era sentado em uma sala do CCBB, mas o público não conseguiu se segurar nas cadeiras e logo foi ocupando os corredores para entrar no clima (eu idem, claro!).

Nem preciso dizer que foi incrível né?
No outro dia, foi correndo comprar o meu cd (o primeiro) e passei a ser fã de carteirinha.

Este ano, o bossacucanova veio mais uma vez a Brasília.
E, lógico, que eu fui me balançar novamente...
Depois do show, que era do novo cd ao vivo (em celebração aos 50 anos da bossa nova), comprei o cd lá mesmo, contrariei as minhas irmãs, fiquei na fila e peguei os autógrafos!!!

Ah ha!! Você nunca pensou que eu fosse capaz de ser tão tiete, né? Nem as minhas irmãs, que riram o tempo todo da minha cara na fila e no final também quiseram cumprimentar os meus amigos músicos.

A imagem de hoje é o meu cd autografado (!!) com muita bossa, paz e amor;
Como tem que ser.

domingo, dezembro 06, 2009

tom e vinicius


Foi difícil acumular coragem ao longo do dia para falar de Tom e Vinicius.
Afinal de contas, falar de Tom ou Vinicius, Tom e Vinicius, é de uma responsabilidade sem tamanho.

E depois de muito procurar por palavras, mesmo que singelas, sobre o que eles significam para a Bossa Nova, para a nossa música popular brasileira, para o mundo, ou para mim, descobri que seria uma missão impossível.

Felizmente, encontrei uma brecha. Uma licença quase poética para falar deles não descorrendo sobre eles e sim sobre a peça-musical que assisti ontem.

Tom e Vinicius, o musical, surgiu da enorme vontade de Marcelo Serrado em levar aos palcos um pouco da brilhante parceria do maestro com o poeta. O resultado deste grande trabalho, em cena, nas pesquisas, na interpretação musical e teatral, não deixa a desejar em nada. O musical é incrível, emocionante e faz com que todo o palco cantarole baixinho toda vez que alguma musica começa.

É, a cantoria da platéia começa tímida. Como quem não quer incomodar seu vizinho do lado, de cima ou de trás. Mas, é impossível não cantar forte, com arrepio e (quem sabe) lágrimas nos olhos quando aquela musica favorita começa.

Como o repertório de Tom e Vinicius é extenso, a minha favorita pode não ser a mesma favorita do vizinho da frente. E se um começa a cantar, todos se sentem no direito e dever de acompanhar. É lindo!

As interpretações de Marcelo Serrado como Tom, e Thelmo Fernandes como Vinicus, são excelentes e nos dão a ingênua sensação de termos nos tornado mais íntimos dos verdadeiros Tom e Vinicius depois da sessão.

A intimidade com Tom e Vinicius pode ser, realmente, ingênua posto que não podemos voltar no tempo.
Mas, a emoção de ouvir aquelas músicas (tocadas e cantadas ao vivo) e descobrir a familiaridade de uma amizade que ia além da sintonia musical e poética; é real.

Se a gente se universaliza quando fala do que é brasileiro, como dizia o Tom...
Ontem, o público se universalizou cantando bossa nova.

sábado, novembro 28, 2009

bon appétit


É verdade que quanto maior a expectativa, maior pode ser a decepção.
Ainda bem que desta vez a minha expectativa foi na medida certa!
Há alguns meses tinha lido sobre a estréia do filme Julie & Julia, que encantou o público pelo mundo afora, e estava louca para conferir.
Pois bem, ontem reservei a noite para filme delicioso...

Julie e Julia são encantadoras. Além de serem duas mulheres comuns, funcionárias comuns, com maridos ímpares (porque eles são fofos, companheiros e muito apaixonados... isso bem que pode vir de brinde em qualquer casamento, certo?); elas têm uma paixão em comum: a cozinha.

E através da cozinha Julie, que vive no nosso tempo, está prestes a fazer 30 anos e ainda não descobriu para que veio ao mundo; encontra Julia, ícone da desmistificação da cozinha francesa para as americanas.

No quesito cinematográfico, se assim podemos dizer, Meryl Streep dá um show de interpretação no papel da fofa Julia e Amy Adams, que eu adoro desde que a conheci no filme Junebug, interpreta a Julie. Juntas elas nos envolvem em uma história super gostosa.

No quesito gastronômico, alguns podem sair do filme achando que poderiam fazer qualquer um dos pratos que fazem por lá. Mas, não se iludam! Até cortar cebolas em mirepoix (lê-se cortes irregulares com 1.5 cm de lado) pode ser uma tarefa nada fácil.

No quesito emocional, acho que todas as mulheres na faixa dos 25 a 30 podem acabar se identificando com a Julie, como eu. Simples assim: estamos em constante questionamento do que queremos da vida e do que a vida quer de nós.

E como a Julie acabei até me aventurando pela área da gastronomia...
Mas, diferente dela, descobri que sou ótima degustadora, apreciadora da arte da gastronomia e um zero a esquerda na arte de fazê-la!!

Depois de algumas experiências quase científicas na cozinha, frangos destrinchados e um corte no dedo seguido de um leve desmaio, eu superei esta idéia louca de me tornar uma chef e hoje voltei para o meu lugar: o de fazer um "huuumm" sempre que levo um bom garfo à boca.

Ainda não fui atrás de novas aventuras. Acho que uma aventura por ano que renda boas histórias já é o suficiente!

Coincidência ou não, acabei encontrando um refúgio no meu blog, onde posso escrever e dividir idéias, novidades, sentimentos e opiniões sobre qualquer coisa (de preferência agradáveis!). Assim como a Julie, que através do seu blog conseguiu dar formato e vida à sua aventura especial pela culinária.

Bon appétit!


quinta-feira, novembro 26, 2009

promessas


Estamos quase no final do mês de novembro, quase no final do ano e eu cheia de promessas não cumpridas...

Começando pelos posts que prometi dedicar à França durante o mês de outubro. Não foi falta de inpiração, nem falta de assunto, inlcusive porque tive a oportunidade de visitar as exposições de dois grandes artistas franceses: Matisse e Fromanger. Essa dupla daria um grande tema para um post: a arte que já era atual no passado e a arte nova que é retrato do nosso futuro; ambas regadas à muita cor (adoro!)

Mas, voltando à promessa não cumprida ...
A falta de tempo é a protagonista ideal para este crime.
E ela adora aparecer no final; de ano, de mês e por aí vai.

E já que todo final de ano é assim...
Se eu já puder fazer promessas para o ano que vem, prometo não prometer nos últimos meses do ano!

Das outras promessas não cumpridas, posso fazer uma listinha...
Não que eu não tenha tentado cumprí-las, mas na correria do dia a dia acabamos priorizando outras coisas, mesmo sabendo que não deveríamos.

Por exemplo, prometi a mim mesma que este ano seria assídua à yoga, que eu amo.
Mas, os dias foram ficando apertados, o cansaço e o estresse foram dando forma a uma preguiça descomunal e o resultado: não estiro o meu tapetinho de yoga há alguns meses.
Que pena, né?
Essa já pode ficar como promessa para o ano que vem.

Felizmente, a maioria das promessas foram cumpridas!
Outras, merecem ser refeitas a cada ano que começa...

Afinal de contas, sorrir mais, nos estressar menos, encontrar mais prazer todos os dias, se dedicar a algo ou alguém que nos faça feliz são promessas possíveis...

quinta-feira, outubro 08, 2009

bande à part



Já que o mês de outubro teve sua estréia com o cinema francês, vou fazer o "esforço" de dedicar o mês inteiro à França.

Nada mais justo, em se tratando do "Ano da França no Brasil". Assuntos não vão faltar: cultura, joie de vivre, lingua, ícones, música, cinema entre outros podem ser muito bem explorados.

E por falar em cinema, a Nouvelle Vague parece me perseguir nos utlimos dias...Hoje saiu uma pequena matéria no jornal (no caderno Cultura e Diversão) sobre a Nouvelle Vague, quelle coincidence! Oui, oui!

Tudo porque o Canal Brasil também prestará homenagem ao cinema francês: todas as sextas-feiras serão exibidos filmes clássicos da Nouvelle Vague até dia 1°de janeiro. Bacana para quem quer começar a apreciar o cinéma d'auteur!

As exibições acontecerão à 0h45 das sextas-feiras e terão reprises no sábado seguinte às 18hs e domingo às 7h30. Ainda bem! Porque para quem trabalha duro a semana inteira, fica difícil se concentrar em filmes tão densos depois da meia-noite (bom.. digo por mim, que morro de sono!)

Quem não quiser se aventurar pelo cinema e ainda assim quiser ficar por dentro do universo Nouvelle Vague, ou melhor pela onda nova... Pode pegar um atalho na música, com a banda que leva o mesmo nome do movimento: Nouvelle Vague.

Em primeiro lugar, espero que não se cansem de tantos Nouvelle Vagues... Mas, é como falar sobre bossa nova e não repetir a bossa nova quinhentas vezes! Porque o próprio nome vem carregado de significados.

Mas, voltando à música.... Nouvelle Vague é um projeto musical concebido por dois caras (Marc Collin e Olivier Libaux) que inspirados pelo movimento do cinema francês da década de 60 criam e recriam músicas dos anos 70 e 80.

Eles não cantam e para isso têm um grupo de estrelas, ainda não descobertas, que dão bossa às novas interpretações. Ahn? Bossa? Calma! Eu não estou louca... O grupo é tão legal que resolveu juntar a filosofia francesa com a bossa brasileira...

Segundo o próprio Collin, a intenção de juntar grandes cantoras iniciantes à novos arranjos é levar algo novo e fresco ao público (isso te lembra algo?)

Não satisfeitos com o nome do grupo, deram o título de "Bande à part" ao segundo cd, de 2006, mesmo título de um dos filmes de Godard

Voilà! Músicas deliciosas para ouvir a qualquer hora, em qualquer lugar.

segunda-feira, outubro 05, 2009

nouvelle vague


Para retomar a rotina em grande estilo: Nouvelle Vague.

Se ainda não tem certeza do que se trata, já deve ter ouvido falar.
Não? Nada na cabeça?
Então... você já ouviu falar em François Truffau ou Jean-Luc Godard.
Ainda não?

Se já curitu Legião Urbana, em algum momento da sua vida, conhece "Eduardo e Mônica". E a Mônica, por sua vez conhecia Godard.
Ahn?
Não, ela não conhecia, mas queria ver o filme... "o Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard"

Se você não se encaixa em nenhuma das alternativas anteriores, está na hora de ouvir falar sobre a Nouvelle Vague.
Ao pé da letra: nova onda. Ou se tropicalizarmos a expressão, seria como uma bossa nova.

A Nouvelle Vague foi um movimento do cinema frânces que visava derrubar as barreiras dos estúdios a fim de filmar a vida como ela é (ou melhor, era - na década de 60).
Entre os grandes nomes do movimento: Jean-Luc Godard, François Truffaut, Alain Resnais, Jacques Rivette, Claude Chabrol.

Os jovens e revolucionários cineastas queriam mostrar uma nova arte, a arte de filmar o simples, sem apelo comercial. E o simples não estava dentro dos estúdios.
E o deslocamento só foi possível porque as filmadoras da época tinham acabado de evoluir para modelos mais flexíveis e modernos, facilitando a gravação em ambientes externos.

Não satisfeitos com a maior liberade de filmar, os revolucionários cineastas praticamente excluiram o papel do roteirista a fim de poderem filmar e dirigir o que eles tinham em mente, sem nenhuma amarra. Adicione atores desconhecidos ao preparo e você tem um cinema novo. Com novas alternativas e novo espaço para a criatividade, deixando de lado a arte pelo comercial e fazendo arte por arte.

Adoro esse discurso de arte por arte.
É o que todos os grandes artistas fizeram, dando uma prévia do que estava por vir.
Nunca os compreendemos no momento certo.
Quantos dos grandes pintores ganharam dinheiro em vida? Picasso e outros poucos.

Por isso escolhi falar de Nouvelle Vague - que foi, primeiramente, tema escolhido para minha aula de francês - e eu gostei tanto do assunto que resolvi compartilhar.

Compartilhar e abrir uma brecha para poder falar sobre a arte, também vista nos filmes.
Digo grandes filmes, que normalmente não dão grandes bilheterias.
Afinal de contas, nós - grande público - não conseguimos compreender tudo.
Mas, podemos compreender que aquilo é grande, é diferente e é sutil.

Como os outros grandes artistas, os cineastas da Nouvelle Vague estavam muito à frente de sua época e o movimento não vingou. Mas deixou toda a filosofia para que cineastas de hoje pudessem se inspirar, entre eles: como Robert Altman, Francis Coppola, Martin Scorsese.
(Daí, peço licença poética para incluir Pedro Almodóvar, que adoro!)

Confesso que tenho pouquíssimo conhecimento sobre cinema, mas sei que as obras da Nouvelle Vague devem ser vistas com um olhar especial e devem ser apreciadas pelo que está por trás de tudo aquilo.
São clássicos do cinema.
Cinema novo.

quinta-feira, setembro 24, 2009

alegria


Alegria não é o espetáculo da vez, mas não teria outro título mais apropriado ao post dedicado ao Cirque du Soleil.
Afinal de contas, o que eles fabricam a cada apresentação é a alegria dos espectadores estampada em sorrisos mais, menos ou nem um pouco tímidos.

Ontem, fui uma das espectadoras alegres e sem timidez alguma na apresentação de Quidam.
E posso dizer que, como todos os outros espetáculos do Cirque du Soleil, este não deixou a desejar em nada: cenário lindo, iluminação perfeita, música (ao vivo) maravilhosa, acrobacias de tirar o fôlego, palhaçadas realmente engraçadas, maquiagem e figurinos estonteantes e um respeitável público alegre.

São tantos adjetivos que cabem dentro de uma única apresentação do Cirque du Soleil que fica difícil não se entregar à magia que eles nos proporcionam.
Sem contar com os inúmeros cases de gestão de negócio e de pessoas que já foram feitos sobre o Cirque du Soleil, a obra toda é grandiosa pelo fato de juntar todas as possíveis representações da arte em um só lugar. O Cirque du Soleil não é apenas um circo, é teatro, é balé, é ópera, é interação, é arte.
O mais fantástico, para mim, é que os membros do espetáculo fazem de tudo. O acrobata não é apenas acrobata. Ele sabe atuar, sabe cantar, sabe ser uma foca, sabe entrar na brincadeira... E a prova disso fica no final (calma! não vou contar como termina!), quando vemos que todas aquelas pessoas que passaram pelo palco são, na verdade, 3o pessoas (epa..é só um chute, ok?) que entraram várias vezes, interpretando vários papéis diferentes.

Então, se você gosta um pouquinho de teatro, de dança, de ópera, de música ou até mesmo de circo não deixe de se entregar ao mundo fantástico do Cirque du Soleil.
Até quem detesta palhaços (sim, temos inúmeras pessoas que têm traumas de palhaços) já me confessou que os palhaços do Cirque du Soleil são únicos e merecem uma segunda chance!

Depois de um bom tempo sem compartilhar algum adorável detalhe com vocês, tive uma inspiração daquelas depois de uma noite no Cirque du Soleil...
E nada mais justo do que tentar repassar um pouco dessa alegria para todos que passam por aqui.

quarta-feira, setembro 16, 2009

dirty dancing


Dirty Dancing (1987) foi figurinha carimbada durante a minha infância e adolescência.
E seria uma injustiça não falar do filme por aqui.
Perdemos o nosso protagonista, Johnny Castle (Patrick Swayze), mas o filme continuará eterno para quem decorou todas as músicas, danças e diáligos do filme, em algum momento da vida.

O primeiro filme (em VHS) que compramos do Dirty Dancing foi assistido tantas vezes que estragou.
Isso é possível?
Provavelmente! Eu queria muito decorar as danças, em especial a do final. Hummmm!
Depois compramos outra fita, também em VHS, que sobreviveu a mais duas viciadas em Dirty Dancing na minha casa.

E tenho a leve impressão de que colocava todas as minhas amigas para assistirem Dirty Dancing quando iam na minha casa, afinal de contas... "não é possível que você nunca tenha dançado ao som de (I've Had) The Time Of My Life?"
Enfim, compramos o DVD do Ditry Dancing porque volta e meia temos que relembrar a dança.

Acho que esse vício todo não é privilégio meu.
Ditry Dancing foi uma febre boa, um filme gostoso e sem cenas chocantes para menores de 12 anos. Inclusive, temos lições de moral no filme: como a gravidez da Penny; a desconfiança do pai da Babe e a falta de credibilidade que o Johnny deu à Babe porque ela não sabia dançar e queria ser seu par... (adoro!)

E temos ainda momentos românticos, engraçados, sérios e para chorar. Já chorei várias vezes na cena em que a Babe sai correndo atrás do Johnny e grita o nome dele com uma desafinação memorável, ele entra no carro e começa a tocar "She's like the wind"...
Música do próprio Patrick, ok?

Já morri de rir da Babe entrando na balada clandestina do hotel em que só os funcionários entravam e dançavam uma dança bem quente ou... se preferir bem "dirty dancing", e ela com aquela cara de pamonha segurando uma melancia!
Uauu! Esse post está demais.
Lembrar desses detalhes me fazem morrer de rir sozinha.

Ah! Vamos combinar que a Babe poderia ser mais bonitinha né?
Sempre fiquei revoltada com isso. Ela tem narigão e uma juba gigante.
Mas, dança bem.
E a gente adora.

Temos ainda os treinos das danças: o salto no lago, a dança à três, o teste de equilíbrio na tora da árvore, as cosquinhas que a Babe sentia quando o Johnny fazia um passo todo sensual com ela...
Enfim, quem viu também deve ter tido uma vontade imensa de dançar no lugar da Babe na útlima cena...

Outro dia pegamos um taxi em São Paulo em que estava tocando a trilha sonora do Dirty Dancing. Amei.
E o taxista sabia a letra de cor...
A gente só não sabe se ele sabia o que estava falando.

Se você nunca viu o filme, está na hora de entrar para o clube.

Se você já viu o filme, assista novamente a última dança no youtube, vale a pena!

E se você já é viciado no filme, não deixe de ver o filme mais algumas vezes e se delicie com a coragem do casal que apresentou a dança de cabo a rabo no próprio casamento...
(pelo menos eles dançaram direitinho!)

terça-feira, setembro 15, 2009

uno más que habla español


Filho de peixe, peixinho é.
E se o peixão gosta de tênis, os peixinhos também hão de gostar.
Dia de final de tênis em casa é dia de torcida fervorosa, para quem quer que seja o desaviante do Federer.
Felizmente, tivemos um show ontem à noite...
E Del Potro foi o nosso heroi.

Bom, temos muito o que falar..
Por isso, vou começar pelo óbvio: Federer é o melhor, mais completo, com direitas, esquerdas, saque, voleios e movimentação de pernas mais perfeitos de toda a história do tênis.
E quanto a isso não tem o que discutir.
E como não tem o que discutir, não tem como torcer para ele.
A razão é simples: torcer para quem já tem lugar reservado no pódio não tem graça, ainda mais quando o lugar no pódio, na grande maioria das vezes, é o primeiro.
E não tem graça torcer para alguem que não vibra, não se emociona, não transpira, não te levanta da cadeira para torcer junto por um ponto.
Por tudo isso... o peixe e os peixinhos não torcem para o Federer.
Aliás, torcemos para qualquer um que entra em quadra com ele.
E quando esse ainda tem chances de ganhar, a torcida fica mais vibrante.

Ontem, as chances de Del Potro eram pequenas no primeiro set. Federer ganhou fácil e mostrou para todo mundo o que já estamos acostumados a ver: um show, realizado sem esforço algum.
Mas, então... um argentino com sangue latino começou a mostrar a ele para que estava ali.
Sensacional!

Eu que sou fã de carteirinha do Guga, incluí mais um ídolo na minha lista do tênis. Que diga-se de passagem é bem restrita.
Em primeiro lugar vem o Guga; que é genuinamente brasileiro, tem raça, tem jogo, tem estilo na quadra e tem um "auannn" fofo quando saca.
Em segundo lugar temos o Nadal, nosso touro. Que vibra, luta até o final, tem jogadas excepcionais, batidas fortes, tem o nosso sangue latino e fala espanhol.
Agora, o mais recente integrante: Del Potro. Argentino, fala espanhol, com quase 2 metros de altura, joga com a tranquilidade de quem não tem à sua frente um Federer e o atropela...

E por falar em Argentina...
O terceiro assunto do dia é: a ignorância sem igual dos americanos.
Estavávamos assistindo a transmissão do us open no Sportv, em português, mas como ela estava falhando muito trocamos de canal (Espn) por alguns instantes ...
Instantes suficientes para nos irritarmos com os comentários do narrador e comentarista americanos.
Estavam eles, comentando que Argentina "is a small country" e que lá eles não tinham grandes estrelas no tênis.
Hello!!!
Pra começar... a Suiça (de Federer) é grande né?
A Suiça tem 41 285 km², comparados aos 2.780.400 km² de extensão da Argentina.
E a Argentina possui um dos grandes tenistas da história, Guillermo Vilas além de extensa lista de bons tenistas, inlcuindo Gabriela Sabatini.
Então, vamos combinar que um comentarista de tênis não pode ter conhecimentos tão restritos sobre o assunto.

Mas, americanos são assim..
Como acham que a Amazônia não é brasileira, ensiam nas suas escolas somente o que lhes é agradável da história mundial, quando não ensiam coisas erradas.
Acho isso o fim da picada.

E para quem acha esquisito eu falar bem da Argentina..
Bem, hermanos...
Só tenho problema com eles no futebol!
Quanto ao resto, adoro Bs As, adoro o serviço que eles nos oferecem na cidade, adoro os vinhos de lá, e torço pelos jogadores (de tênis) argentinos.

E depois que o meu espanhol favorito (e genuíno) fala espanhol ao pé do meu ouvido...
Posso até dizer que acho a lingua linda!

segunda-feira, setembro 07, 2009

up


O que poderia juntar um velhinho que acaba de se tornar viúvo, um escoteiro gordinho com uma missão e uma viagem com balões ?

Up, o novo desenho da Disney e Pixar, junta esses três elementos em uma história deliciosa que, como todos os desenhos inteligentes, tem risadas garantidas para todas as idades.

Mas, espere um momento... O velhinho e o escoteiro estão ok. Mas, uma viagem com balões, no plural? Não seria uma viagem de balão?
Não! Pois, não se trata de uma viagem de balão comum, e sim de uma viagem dentro de sua própria casa com milhares de balões coloridos presos à ela!

Afinal de contas, quem é que nunca pensou na possibilidade de sair por aí, sendo levado por alguns balões coloridos, cheios de gás hélio?

É justamente esse o toque especial do filme. Tudo o que cada um de nós já sonhou em fazer com balões cheios de gás hélio, está se tornando realidade na viagem do Sr. Fredricksen, o tal velhinho de 78 anos com espírito super aventureiro.

A história fica ainda melhor na companhia de um escoteiro fofíssimo, Russell, que só precisa concluir a missão de ajudar um velhinho para ter todos os botons de escoteiro mirim.
O resto da história, precisa ser vista nos cinemas... vale a pena!

Vale a pena pelo filme, muitissimo bem feito; vale a pena pelas crianças ao seu redor e pelos comentários fofos que elas fazem, sem querer. Ontem, tinha um menininho que dava boa noite pro Sr. Fredricksen todas as vezes que ele se sentava na poltrona e fechava os olhos... E tinha a presença mais que especial da nossa querida, Valentina. Ela só conseguiu prestar atenção no filme por, no máximo 20 minutos. Depois quis dar pipoca na boca de todo mundo; tirar e colocar o óculos do 3d de todo mundo e passou no colo de todos até não conseguir mais ficar quietinha naquela sala escura. Gentem... ela só tem um ano e cinco meses!

Vale a pena ir ao cinema para ver os detalhes de cada personagem, os traços de cada um. O Russell é todo fofo e seus olhinhos, dentinhos e orelhas acompanham os traços redondos. O Sr. Fredricksen tem os traços retangulares; seu queixo, a armadura dos seus óculos e suas orelhas são cheias de traços retos. E tudo é muito bem pensado para que as características físicas dos personagem componha o perfil de cada um.

Adoro desenhos animados!
Neles, podemos sair um pouco da realidade nua e crua e tudo pode se tornar realidade.
O colorido é mais colorido, o bem e o mau estão muito bem definidos e a gente sempre sabe quem ganha no final.

Vale a pena se deixar levar pelos balões coloridos e estar nas nuvens, nem que seja por alguns minutos...

sexta-feira, setembro 04, 2009

cena contemporânea


Se ainda não tem programa para o final de semana prolongado...
Não perca a oportunidade de conhecer o Cena Contemporânea; festival internacional de teatro de brasília.

Tive a grande felicidade de descobrir esse mundo novo, há 3 anos.
Digo mundo novo, com todas as letras porque o festival é excepcional.
Das companhias de teatro ao o público ... dá para se entregar à magia do teatro.

Nada como a emoção cara a cara dos artistas com o a gente do outro lado do palco.
A fila na porta do teatro, pessoas que você nunca viu na vida, as luzes que piscam, avisando o início da sessão, a emoção que se sente, o agradável e o desagradável, as surpresas e as palmas e bravos no final da apresentação.
Adoro!

Eu e o meu melhor companheiro do mundo (e para qualquer lugar do mundo), tivemos a nossa primeira experiência do cena contemporânea no Teatro Funarte Plínio Marcos (humm.. que coincidência!).

Ah! Um pequeno parêntese: eu que nunca tinha ido ao Teatro Funarte achava que o espaço tinha alguma coisa a ver com índio... que vergonha! Mas, nada como a experiência vivida para entender que Funarte tinha, realmente, a ver com arte.
Ainda bem!

A peça deste dia, no Teatro Funarte, era "Sopro" do Grupo Lume de São Paulo; uma espécie de samurai com um quimono feito de papel manteiga que passou o tempo todo em silêncio, fazendo movimentos lentos no palco...Diferente, com certeza! E muito interessante...

Depois deste, vieram vários outros bons e/ou maravilhosos espetáculos.
E o melhor de tudo é sentir a energia teatral envadir a cidade.
A variedade das peças, das salas de teatro e dos horários de apresentação é tão grande que fica difícil não encaixar na sua programação.

Eu não vou deixar de ver, ao menos, um espetáculo!
E quem sabe a gente não se encontra por lá?

Ou... por aqui.
Certamente vou ter que dividir a minha experiência com vocês!


Programação

quinta-feira, setembro 03, 2009

tv com conteúdo

Contém o quê?

Notícias
Se você fica ligado o dia inteiro no computador, como eu, as notícias são constantemente atualizadas. Se você, ao entrar no seu carro, liga o rádio na cbn (porque as outras rádios são insuportáveis - afinal de contas ouvir músicas de péssimas baladas o dia inteiro não é para qualquer um) as notícias se repetem...
E se no final do dia você não consegue dormir sem ver a cara do William Bonner e da Fátima Bernardes repassando as notícias que você já sabe, você acaba ovindo a mesma coisa uma dezena de vezes.
Diga-se de passagem que as notícias nunca são boas. Ninguém conta sobre a paz na Escócia, o alto índice de escolaridade da Noruega ou sobre as boas práticas de políticos holandeses.

Novela
Se você não se encaixa no perfil "notícias", existe uma grande chance de se enquadrar no perfil "não sou viciado em novela, mas assisto sem-querer um pouquinho todos os dias". Afinal de contas, são os últimos capítulos...
Dá para relaxar e não pensar (por um instante) nos problemas que o casal Bonner acabou de anunciar. Ainda assim, é difícil não se irritar com as burrices diárias do Raul Cadore ou com as dançinhas constantes dos indianos..

Filmes
Quando você tem a sorte de achar algum filme bom, que você não tenha visto ou que você já não tenha repetido uma quinze vezes, até dá para curitr o sofá.

Esportes, Entrevistas, Documentários, Canais Internacionais, Reality Shows, Cirurgias Plásticas, Animal Planet, Desenhos Animados etc.

O meu perfil é o seguinte: ouço, leio e vejo as mesmas notícias o dia inteiro; "não sou viciada em novela, mas assisto um pouquinho todos os dias"; assisto bons filmes de vez em quando e com maior frequência repito filmes que já assisti uma dezena de vezes e de vez em quando consigo agregar algum conteudo interessante ao meu momento sofá.

Não sou viciada em televisão, mas gosto de ficar no sofá no final do dia.
Relaxa e espairece a cabeça.
Adoro um programa específico: Saia Justa na GNT. Sempre tem algum assunto interessante e a confusão daquelas quatro mulheres que tentam, ao mesmo tempo, dar a sua opinião é o máximo. Em especial, sou fã da Beth Lago (as caras, bocas e olhares que ela faz quando não concorda com as outras.. é o máximo!).

Além desse, o Alternativa Saúde (também da GNT) tem sempre alguma coisa legal.
Ontem, o assunto era café...
(Será que eu amei?)
Tinha um médico convidado, falando sobre os mitos do café em relação à saúde (café faz muuito bem à saúde); as propriedades do café descafeinado e ele falou uma frase que eu amei:

"O café tem que ser quente como o inferno, puro como um anjo, doce como o amor e nunca tão preto como o carvão".

Concluí que a tv pode te proporcionar o conteúdo que você procura, desde que você esteja disposto à descansar no sofá por alguns instantes e que nesses instantes você econtre prazer.

Como tudo na vida... Sem excessos, pode te fazer muito bem.

(Essa não seria uma boa hora de deixar um dos meus canais de notícias de lado?)

domingo, agosto 30, 2009

ímã




Um feliz e inesperado convite me deu a oportunidade de assistir uma verdadeira obra de arte, ontem, no Teatro Nacional.

Capítulo à parte, o teatro.
O nosso, grandioso e cheio de personalidade está, por ora, sem seu charme; seus cubos colados quase que aleatoriamente ao redor da pirâmide irregular foram retirados para tão esperada restauração...
Adoro ir ao teatro.
Tem um quê de mágica, de nervosismo, de escuro, de luzes que piscam antes de estréia, de rezas até a súbita entrada no palco com uma centena de pessoas à espera do inesperado.

Ontem, o inesperado fez com que eu parasse de respirar por alguns instantes e só depois de me dar conta do que estava por vir, inspirei e suspirei.
O Grupo Corpo é uma verdadeira obra de arte.

Ímã é o nome do espetáculo que traz toda a subjetividade da polaridade dos corpos humanos. Atração e repulsa são, de forma majestosa, representados na dança comtemporânea do grupo que não poderia ter um nome mais sugestivo.
O Grupo Corpo revela a verdadeira obra de arte.

O primeiro ato, que durou uma hora, me deixou tão atônita que não mexi as pernas nem os braços, permanecendo na mesma posição que me encontrava. A primeira obra apresentada foi Bach (de 1996) com música de Bach, em sintonia com o barroco e vozes gregorianas, que traziam o compasso para o movimento de corpos que dançavam um balé clássico, contemporâneo e de bossa. Afinal de contas, a forma com que eles movimentam seus quadris é originalmente brasileiro.

Quando o primeiro ato terminou fiquei louca pois, o corpo de dança nos agradeceu e nós os saudamos como se fosse a ultima apresentação. Logo depois, acenderam as luzes do teatro e muitas pessoas se levantaram em diração ao foyer e eu comecei a perguntar "acabou?", com a maior cara de desespero possível... Eu precisava de ver mais, eu precisava de sentir mais.

Não, não havia acabado. A nova obra prima do grupo, Ímã, ainda estava por vir.
Ainda bem! Precisava de duas horas de arte dançada para entender os movimentos que somos capazes de fazer.
Opa, "somos" coisa nenhuma... Movimentos que eles são capazes de fazer.

Ímã não tem cenografia física, se assim podemos dizer. São as cores trabalhadas de forma indescritível que dão cenografia ao espetáculo. Os tons de verde, rosa, amarelo, azul suaves e outras vezes fortes, são contrastados com o figurino dos bailarinos que ora são cinzas, ora são amarelos, vermelhos, laranjas, rosa choque, azul... Uma imagem fantástica.
Até tentei imaginar quantas pessoas estariam nos bastidores ajudando os bailarinos a se trocar tantas vezes e tão rapidamente.

O espetáculo Ímã nos extasia.
Movimentos reais de atração e repulsa, como se os corpos estivessem interagindo através de um ímã. A suavidade do balé clássico se mistura à contemporaneidade da cabeça que acompanha o corpo e dos pés em flex. A facilidade com a qual os bailarinos pulam, caem no chão, se entrelaçam e, por quê não, dançam até nos dão a impressão de que podemos subir no palco e acompanhá-los.
Mas, isso fica só na ilusão...

É melhor deixar o espetáculo com quem sabe fazer o espetáculo com maestria.
O Grupo Corpo, repito, é a obra de arte.

sábado, agosto 29, 2009

mais velho




Comemos o bolo e nos esquecemos de cantar o parabéns...

Gente!
O blog fez (há mais de vinte dias!) seu primeiro mês de vida e eu me esqueci de comemorar.
Que vergonha...

Mas, como o mais importante é ser lembrado, gostaria de dedicar este post ao meu próprio blog.
E agradecer a todos que nos visitam e deixam o seu carinho carimbado nos comentários!

Sem vocês, os meus devaneios não teriam tanto sentido.
Afinal de contas, quando nos expressamos, de alguma forma, queremos ouvir o que os outros pensam e sentem.
Cada um tem o seu jeito e a sua opinião e é isso que torna tudo tão especial!

Um beijo para todos que por aqui passam alguns segundos dos seus dias...

quinta-feira, agosto 27, 2009

pretinho básico


O pretinho pode até ser básico, mas quem o veste não é.

Audrey Hepburn é o ícone da elegância sem esforço.
Do pretinho básico, que ela tornou tão chique, aos gestos sutis.
A graça de todos os papéis que interpretou na sua carreira ultrapassam as telas de cinema; ela também foi bela, elegante e doce na vida real.

E para mim ela resume tudo o que uma mulher deveria buscar em sua vida: finesse.
Finesse é uma palavra francesa que vai além da tradução pura (fineza) da palavra, já que também exprime sutileza, delicadeza e refinamento.
E o melhor é que tudo isso se aprende!

Então, se temos que começar por algum lugar, poderíamos buscar a delicadeza nos gestos e nas reações, o refinamento (sem que isso signifique impinar o nariz) e o pretinho básico... por quê não?

O pretinho básico não se resume apenas ao vestinho preto, pode até ser a calça jeans e camisa branca. A idéia é se vestir bem levando em conta: conforto, bom gosto e adequação à idade, biotipo etc, sem que para isso o corpo esteja coberto de marcas.

Um bom exercício é fazer uma pequena mala para uma pequena viagem de final de semana: tem que ter tudo que possa quebrar o galho para o dia, para a noite, para o frio e para o calor.
Esse exercício tem sido o meu! E confesso que não é fácil, tem que caber tudo na mala que vai no bagageiro do avião (afinal, temos que ser práticas até para sair do aeroporto - evitando a demora da esteira das malas e até o possível extravio!).

Outro exercício legal, que na verdade foi o meu ponto de partida para esse post, é o desafio de usar um pretinho báscio durante 365 dias! The Uniform Project é o projeto de uma indiana que mora em NY, chamada Sheena Matheiken e o seu objetivo é mostrar que é possível utilizar um pretinho básico e sempre fazê-lo parecer diferente.

No fundo a idéia é mostrar que dá para ser menos consumista e se virar com o que a gente tem no guarda roupa. No caso da Sheena, ela tem usado 7 vestidos pretos desde maio (na verdade são dois modelos) que mudam completamente dependendo do acessório que ela utiliza.
Para conferir a idéia e os looks, entre no site: http://www.theuniformproject.com/


Se o seu caso não é tão radical, encontre um exercício que encaixe com o seu perfil.
Não custa nada tentar adotar uma vida mais "pretinho básico".
E, quem sabe, não estar menos distante da inigualável Audrey...

terça-feira, agosto 25, 2009

trilha sonora


Se a nossa vida ainda não pode ter uma trilha sonora efetiva, a gente inventa.

Ontem, acordei com uma das músicas que fazem parte da trilha sonora de um filme.
E o disco foi passando, faixa por faixa, na minha cabeça.
Mas, a vida é tão corrida que não consegui pegar o cd para ouvir...
Hoje, a história foi outra...
Peguei o cd e estou desfrutando dele desde então.
A minha trilha sonora escolhida encaixou perfeitamente com alguns fatos: o tempo, o meu humor, as atividades do dia e a saudade que estava de reviver aquelas músicas, lembrar das cenas fantásticas e sorrir fácil no carro (parecendo uma louca, na verdade. Mas, no carro vale tudo, né?)

As trilhas sonoras, em geral, são o toque final do filme. Dão todo sentido à história, às cenas e complementam os personagens. Adoraria selecionar uma trilha sonora para algum filme, diga-se de passagem. Acho que deve ser uma busca deliciosa...
Feliz de quem as faz.

Enquanto não faço a trilha de nenhum filme, utilizo as trilhas já feitas para meu próprio usufruto.
E a de hoje é: Something's Gotta Give (Alguem tem que ceder).

O filme é delicioso. O Jack Nicholson e a Diane Keaton estão demais no filme que é para rir e chorar e assistir várias vezes... E a trilha é tão boa que você não precisa pular nenhuma música.
Acredito que para traçar uma trilha sonora você precisa de algum norte e para esta arrisco que foram escolhidos três: clássico + charme + bossa.
Pra começar, La vie en rose por Louis Armstrong; clássica, lindíssima e nos convida a entrar no clima " paris-amour-chéri". A letra, não preciso nem comentar...
Com mais uma boa desculpa para continuar no clima, vem um jazz à la Sinatra, com Steve Tyrell. Aliás, essas músicas vão muito bem com um vinho e boa companhia...
Com a boa companhia vem a nossa bossa com Astrud Gilberto (So Nice) e de carona um sambinha meio francês, delicioso, da Coralie Clément que canta Samba du mon coeur qui bat.

Boas músicas para acompanhar essas principais é o que não falta, C'est si bon, Que reste-t'il de nos amour etc. Até a música instrumental é gostosa (juro!)

Mas, a melhor surpresa ainda está por vir.
E essa só tem graça se você já assistiu o filme.
O Jack Nicholson canta La vie en rose, metade em inglês e a outra metade em francês! Tudo bem que o francês dele tem o inevitável "r" americanizado, mas ele canta com tanto charme e o acompanhamento é tão gostoso que vale a pena...

A cena deve ter sido filmada com a intenção de entrar no filme, mas ficou só nos extras.
Pra quem não quer perder a oportunidade de ouvir mais uma versão de La vie en rose, aproveite, http://www.youtube.com/watch?v=Ilu-Xpnt_J4

sexta-feira, agosto 21, 2009

o que te inspira?





ins.pi.rar
(lat inspirare) vtd 1. Med Introduzir o ar atmosférico nos pulmões por meio dos movimentos do tórax. vtd 2. Causar inspiração ou estro a. vpr 3. Receber inspiração, sentir-se inspirado. vtd 4. Iluminar o espírito de. vtd 5. Incutir, infundir.

1.Inspire aquilo que te inspira. 2. Inspire alguem. 3. Inspire-se. 4. Busque inspiração. 5. As lembranças inspiram sensações únicas.

as pessoas; uma pessoa; um lugar; uma imagem; um momento; uma obra de arte; um sabor; uma lembrança; um objeto; uma sensação; um amor; uma amizade; um desejo; uma palavra.

O que te inspira?

segunda-feira, agosto 17, 2009

até já


Alguns recentes episódios me levaram a uma conclusão pouco inovadora e nada desconhecida: o momento é esse.
Ahn?
É gente! Não é viagem.
É pura reflexão do que vivi nos ultimos dias...

Para começar a minha personagem lusa favorita repetiu uma centena de vezes ao longo de sua história que conheceu as pessoas certas em momentos errados. E isso existe?
Hei de descordar da rapariga...
Ela conheceu as pessoas que tinha que conhecer naquele exato momento e se não deu certo, não era para dar. Não existe essa de momento certo.
O momento certo é aquele que a gente vive agora e o que tem que dar certo, o que tem que ser feito, o que tem que ser dito, deve ser feito e dito agora.

O pior de toda essa fantástica descoberta é que eu vivo querendo fugir dela.
Sempre quero esperar o momento certo de estreiar um vestido novo, um sapato lindo que comprei. Acho e acabdo agindo em consequencia disso, como se as coisas tivessem que ter "o" momento certo para acontecer.

E não sou a única.

Outro dia, conversava com uma colega de trabalho. Casada há quase dez anos ainda estava esperando a hora certa de ter filhos. E essa hora certa chega? Acho que não...
Na minha humilde opinião quanto mais se espera, mais parece que o momento certo ainda está por vir.

E ele nunca chega a não ser que a gente o faça agora.
Esse é o momento certo para amar de verdade (sem vergonha de ser feliz); de dormir tarde no domingo mesmo que tenha que começar a rotina na segunda-feira; de comer uma sobremesa deliciosa quando bem quiser; de ir "àquele" restaurante; de dançar; de apertar os compromissos para poder viajar no final de semana e encontrar alguem que te faça feliz.

Daí, fica fácil esperar pelo momento certo.
Porque, certamente, você não vai perder a próxima oportunidade.
Até já...
A foto
Caiu como uma luva..
E deu mais sentido ao momento certo.
(diretamente da pacata cidade de porto, portugal)

quinta-feira, agosto 13, 2009

babá, para que te quero


Ontem, no trajeto casa-trabalho vi uma cena que me deixou chocada...

Uma mulher caminhando na rua, de óculos escuros, cabelos ao vento e celular na orelha.
Nada de errado até então, certo?

Até que adicionamos uma babá, que vinha logo atrás da mulher, de mãos dadas com um menininho de 4 anos.
Como se não bastasse uma babá, em sequencia, vinha a segunda empurrando o carrinho de bebê, com um bebê dentro.

Ok... tudo normal?

Não!! Por favor!

A mãe resolve sair para caminhar em uma linda manhã ensolarada, com os filhos.
E leva as babás para segurar a mão deles?

Hello?!!

Ela estava ocupadíssima, falando ao telefone? Ela estava resolvendo problemas da empresa em que trabalha? Ela estava fazendo o seu exercício matinal? Ela é atleta e estava aproveitando o treino para ficar com os filhos?

Nada justifica.

Acho eu, que não sou mãe mas pretendo ser um dia, que quando você tem um tempo disponível para estar com seus filhos, você QUER estar com seus filhos, COMPLETA.

Isso significa dar a mão para eles enquanto caminha, conversar com eles, ensiná-los coisas que só você pode ensinar e aproveitar o momento. Pois, considerando que a mulher tem que ser mãe, esposa, atleta, sarada, trabalhadora, sexy etc, quando ela arranja qualquer tempo para qualquer uma das suas múltiplas versões, ela deveria tirar o melhor proveito daquele tempo.

Em se tratando de filhos ...
Não preciso nem continuar.

Isso me revolta. A quantidade de babás para cada filho, a quantidade de babás (e não de mães) que levam os filhos em festinhas de criança, a quantidade de babás que ensiam os filhos quando estas não encontram tempo para tal, a quantidade de babás que dão (ou não) o carinho que o filho precisa.

Daí, me lembro de uma cena que mereceu uma fotografia.
(e merece ser postada)
Em um parque, uma mãe brincando com os seus dois filhinhos pequenos.
Ela soltava bolhinhas de sabão e eles deliravam de felicidade.
Lindo!

Uma mãe de verdade, como a minha.

terça-feira, agosto 11, 2009

quimera




"Ouvi dizer que nossas quimeras tem muito a ver com nós mesmos"
(trecho do livro Pessoas como nós, de Margarida Rebelo Pinto)

Estava lendo o delicioso e despretencioso livro da escritora portuguesa e me deparei, não com o "lindo casaquinho verxmelho", mas com uma palavra que não é muito utilizada no nosso vocabulário, português abrasileirado.

Quimera...
Hein?
Foi assim, a minha descoberta do sinônimo de sonho e fantasia.
Gostei da palavra, gostei da frase do livro e estou adorando as teorias da personagem da tal história.

Ler um livro português cujas palavras e expressões "purtuguesas" permanecem "purtuguesas" é assim: você faz descobertas engraçadíssimas sobre a lingua portuguesa do lado de lá do oceano e descobre que muitas palavras que nós não usamos corriqueiramente, existem no nosso dicionário.
Aliás, ainda sou adepta ao uso do dicionário. Adoro utilizá-lo, nem que seja pela internet.
Mas, o bom mesmo é procurar palavras com dicionário na mão!
(Tenho um em casa, no trabalho e no computador, o que não significa que falo e escrevo corretamente. A gente tenta...)

Então, voltando ao mundo luso...
Concordo com a personagem, que fala da ligação da quimera com o que somos e fazemos.
No livro, ela fala de um sonho (sonhado, com a cabeça no travesseiro) quando ainda era menina, que acabou acontecendo no futuro, não literalmente, porque os sonhos são meio loucos por natureza, mas...

Mas, acredito que os sonhos e quimeras, no sentido do desejo, acontecem.
Depende de nós e, claro, das escolhas que fazemos se continuamos enxergando aquele sonho no final. E vale a pena acreditar nisso, afinal de contas, somos movidos por sonhos e pelo que esperamos ser no futuro.

Dos sonhos sonhados não tenho muito a dizer. Não entendo nada da interpretação deles e esta deve ser uma tarefa bem difícil...

Digo isso porque sonho muito com a cabeça no travesseiro. Mas os meus sonhos quase nunca me revelam nada... aliás, só me confundem (nunca sei se era realidade ou sonho) e bagunçam a minha cabeça. Uma maravilha!

Prefiro os sonhos que podemos construir.
(e pode até ser junto com alguém...)

A foto:
Poderia colocar uma foto de Portugal, em homenagem ao livro luso.

Mas...
A foto retrata como poderia ser um sonho.
Em preto e branco, na Place des Vosges, com a melhor companhia do mundo.

terça-feira, agosto 04, 2009

yoga para não yoguis


Para quem (ainda) não pratica yoga, algumas utilidades públicas:

A yoga é uma prática que gira em torno de duas coisas: equilíbrio e respeito.

Quem a pratica está sempre em busca de equilibrar a sua mente, suas ansiedades, seu bem-estar, seus desejos, seu corpo e cada pequena parte dele a fim de equilibrar e tranquilizar você mesmo.
Não é nada de outro mundo, nem viagem de mais... É simples: sua ansiedade ou estresse, por exemplo, pode acabar trazendo efeitos para o seu corpo que você nem se dá conta. Daí você fica não só com a cabeça doente, mas o corpo também. Por isso você deve equilibrar-se.

O respeito buscado nas práticas de yoga é, pra mim, a coisa mais bacana que podemos aprender. Pois, o respeito é por si mesmo.
Primeiro que você não ultrapassa seus limites; não dá para estragar joelhos e ombros com pesos excessivos porque o peso é o seu corpo.
Segundo porque você não precisa competir com ninguém! A sala de aula já ajuda: não existem espelhos o que significa que você não consegue ficar se criticando o tempo todo nem se comparando com os outros. Ah! Aliás, tente olhar para o lado ou se distraia ... e você cai! É batata!

Enfim... se você estiver em busca de um exercício físico que ainda por cima trabalha a cabeça: seja um yogui! Bom, não precisa de tanto. Você pode apenas praticá-la, como eu!

Se você se empolgou e deseja experimentar uma aula de yoga leia o *detalhe!

*Detalhe importante: a primeira aula de yoga é sempre muuito difícil e surpreendente.
A minha foi assim: cheguei na sala que estava com uma luz baixa, os tapetinhos (que será o seu material de trabalho pelas próximas 1h40) estirados de forma uniforme, com uma musiquinha relaxante, professora zen e pensei: vai ser moleza!

Quando chegaram os outros alunos, tive certeza que aquela aula seria tranquila; pessoas de todas as idades, com todos os biotipos... estou bem (pensei comigo mesma).

A aula começou e logo tivemos que entrar no "cachorro olhando para baixo"... Ahhn?
Gentem! Essa é aquela posição que os bebês adoram fazer e a fazem com a maior facilidade.

Bom, facilidade para eles! Estava quase morrendo naqueles segundos que pareciam horas e a professora ainda pedia para relaxar...

Caí na real, e vi que não seria fácil. Dái pra frente, as posições só iam ficando mais difíceis e até eu que não transpiro muito, estava suando em bicas...

No final, aqueles de muito mais idade ou menos atléticos do que eu ainda ficaram de cabeça pra baixo se apoiando apenas no topo da cabeça, e braços (a invertida).

Ah! Tah...
Então yoga não é tão fácil assim.

Mas, com o passar das aulas você vai se acostumando com o ritmo, as posições e enfim você relaxa! E a partir daí passa a buscar o equilíbrio (não só nas posições) e o respeito por si mesmo.

Com quase dois anos de prática, não me considero uma yogui. Porque não nasci com toda a flexibilidade do mundo nem faço as posições com perfeição, mas estou em busca de me sentir bem.

E por isso, acho que todos deveriam experimentar em algum momento da vida.
A foto:
Foi escolhida porque...
traz um pouco da sensação da yoga...
Não é minha, naturalmente.
Mas é do meu fotógrafo favorito.

domingo, agosto 02, 2009

à deriva


se ainda não sabe o que fazer neste domingo,
não hesite em ir ao cinema
e assita "à deriva"

O filme, dirigido por Heitor Dhalia, é capaz de nos encantar por diversas razões...
e não faltam motivos para continuar sentado na poltrona, ouvindo aquela música para se dar conta do grande trabalho feito por trás das câmeras.

Sinopse rápida: Na década de 70, uma menina de 14 anos passa o verão na casa de praia da sua família e descobre que o pai tem uma amante.

A começar pela locação (búzios), com praias cinematográficas com direito a rochas, areia branquinha e água transparente, o filme estampa a beleza natural e sem-vergonha de forma sutil mas que deixa qualquer um boquiaberto.
(uma bela promoção das nossas prais.. que não existem iguais em lugar algum)

Impulsionada pela beleza in natura, a fotografia do filme é maravilhosa.
E dá aquela vontade de atravessar a tela do cinema para entrar nas cenas. Mas, como isso só acontece nas próprias telas de cinema, o bom mesmo é se apegar à realidade, do filme.

O filme retrata, com muita fidelidade, a realidade de uma família daquela época. A peculiaridade dos costumes, a intimidade e o carinho dos pais com os filhos e a própria casa de praia - simples e despretenciosa - são elementos importantíssimos para criar a poesia (real, e não bonitinha) das descobertas de uma adolescente.

Vale a pena apreciar o trabalho do Vincent Cassel, em português (!!!), esbanjando intimidade com o lugar e com as outras atrizes: fantástico. A Débora Bloch está maravilhosa no papel. E a mais impressionante é a Laura Neiva, que até então não era atriz e foi encontrada através do orkut (opa! o orkut também tem os seus pontos fortes). O diretor escolheu ela a dedo e desde quando a viu pela primeira vez tinha certeza que se encaixava com a personagem que havia criado.

O figurino está impecável, sob responsabilidade de Alexandre Herchcovitch. Todas as peças dos atores principais foram garimpadas em brechós, algumas peças foram empresatadas pelo próprio estilista e outras (para os figurantes) foram produzidas. E como tudo volta, dá vontade de lançar uma nova onda retrô para usar aquelas roupas de novo!

Enfim...
Não perca o seu domingo à deriva da prequiça.
E vá ao cinema prestigiar um dos melhores filmes brasileiros já produzidos.

O filme é despretencioso.
Apenas retrata uma menina, suas descobertas e uma época.
Muito bom!

quarta-feira, julho 29, 2009

mais amor por favor


mais amor por favor

Exagero? Não ...
Necessidade!

O amor é o essencial que esquecemos de passar adiante
É aquele quentinho no coração que esquecemos de sentir
Quantas vezes a gente se permite viajar nas ondas do amor?

É mais fácil a gente viajar pelas ondas do estresse, do trânsito, das preocupações, das diferenças, das incompreensões, do desamor.
Por que? É mais fácil?

Não sei...
Só sei que a gente esquece.
E prefere viver com frio.

mais amor por favor

Não falo somente do amor romântico, entre homem e mulher.
Falo de todos.
Do amor por aqueles que dividem a vida com você, do amor por aqueles que pouco conhece, mas estão do seu lado, do amor por si mesmo.
Amor por si mesmo?
E por que não? Com tantas tentadoras propostas de se amar um pouquinho menos a cada novo padrão (de beleza, de forma, de títulos) que você não se encaixa ... Fica fácil esquecer do amor.

Vou relembrá-los que as melhores músicas, os melhores filmes, as mais bonitas obras de arte, os melhores momentos, as melhores fotos, tem muito amor.

E ele não é brega.
É maravilhoso e bem complexo.
Já vem com um pacote completo de paciência, companherismo, divisão, desapego, respeito ...
Para resumir: um monte de coisa difícil.

E nem por isso ele deixa de ser bonito, bom, nem menos essencial.
Ai daquele que acredita que pode vivier sem ...
Eu não posso.

Por isso vale a pena levantar a bandeira e tirar o chapeu para aquele que teve coragem de fazer um pedido tão simples...

mais amor por favor.

segunda-feira, julho 27, 2009

o barato da arte


O barato da arte é que ela está ao alcançe de quem a procura.

Falo da arte em geral, espalhada por todos os cantos cujo unico objetivo é expressar-se.
Talvez por isso, a arte tenha tamanha amplitude de gostos e opiniões.
E quanto a isso a gente não discute.

Então, quem procura acha ...
E se você está procurando em brasília: ache-a no ccbb.
As exposições da hora são: Cité du Design e Amor e Solidariedade, ambas imperdíveis.

Cité du Design
Na galeria principal estão expostos objetos de design de artistas franceses que tiveram certa expressão nas bienais de design que acontecem todos os anos em Saint Étienne.

Saint Étienne é uma cidade francesa com menos de 200 mil habitantes, que fica há 60 km de Lyon. Dentro da pequena cidade, onde antes existia uma fábrica de armas, fica a Cité du Design com universidade e um enorme pavilhão para comportar as bienais.

O mais bacana é a interação da Cité du Design com a população; tudo que é criado e desenvolvido na universade é repassado para a vida real, sempre dentro do objetivo de uma arte inteligente e sustentável.

As obras expostas no ccbb são super interessantes e para melhor entendê-las é preciso ler a explicação nas paredes da galeria ou, melhor ainda, ouvir de uma das guias à disposição dos curiosos. Minhas peças favoritas foram: um abajur chamado de "vovó marmelada" e uma cadeira feita de sleeping bag! Dá até pra copiar... Em uma versão caseira!

Amor e Soliedariedade
Essa é a exposição de Abelardo da Hora, escultor brasileiro que já passou da casa dos 80 anos. Detalhe: existem obras de 1996, ou seja, ele ainda estava na ativa mesmo na casa dos 70!

As esculturas, espalhadas pelo jardim, são maravilhosas e lembram um pouco as mulheres de Botero. Dentro da galeria de vidro (também no jardim do ccbb) estão expostas outras esculturas e gravuras do artista, porém com um ar mais pesado e triste pois, retratam o sertão nordestino.

Mesmo que você tenha um pouco de preguiça de programas culturais, não deixe de passar no ccbb para tomar um café (as comidinhas são super gostosas), apreciar a vista e ver (de perto) o quanto a arte pode ser convidativa.


Onde ir
ccbb - brasília

Centro Cultural Banco do Brasil
SCES, Trecho 2 (em frente ao clube do golf)

sexta-feira, julho 24, 2009

expresso oriente


Depois daquela bronca...
Vou falar de um tema bem light.
Ontem saiu uma nota no jornal Valor Econômico sobre a Chanel (a marca) e as novas lojas exclusivas de maquiagem e perfumaria que serão abertas aqui no Brasil.

Daí, também foi comentada a nova campanha do Chanel N°5, estrelada pela também francesinha Audrey Tautou. Que, por sua vez, também interpreta a Coco Chanel em um longa que ainda não esta em cartaz.

A campanha é dirigida por Jean-Pierre Jeunet, o mesmo francês que dirigiu a Audrey Tautou no filme "O fabuloso destino de Amélie Poulain".

Muitos franceses e muitas ligações em um lugar só...
Mas, não se desanime! Vale a pena conferir cada um deles.

Vamos começar pela Audrey Tautou.
A atriz francesa encantou cinéfalos de todos os cantos do mundo com a fofa Amélie, a protagonista de "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Me apaixonei pelo ritmo do filme, pelas cores, pelos personagens, pelo francês e pelos cantinhos despretenciosos de Paris.

Mérito da atriz principal e do diretor, o Jean-Pierre!
Não dá para não se encantar com as confusões que a Amélie apronta a fim transformar a vida de todos que estão ao seu redor. O filme é realmente especial.

De tão especial, existe até um passeio turístico em Paris em que você pode andar pelos caminhos de Amélie. Será que a gente aprende a ser tão fofa quanto ela?
Ainda tenho que experimentar...

Bom, já conhecia a Audrey Tautou, o filme, o diretor, a Chanel ... só faltava a tal da campanha.
Conferi no you tube e realmente vale a pena ...

A campanha tem 2minutos de duração e quis retomar o ar clássico e glamuroso do perfume.
Nada melhor do que casar com o glamour do Expresso Oriente.
As cores e os movimentos que os atores fazem durante a historinha são muito parecidos com os do filme Amélie Poulain. E mais uma vez, encantadores.

Dá uma vontade danada de pegar o trem, sair de Paris com destino a Istambul (a antiga Constantinopla) e se entregar aos mistérios do expresso mais famoso do mundo.
Quem sabe um dia!
Até lá, convido vocês à uma viagem no Expresso Oriente através da campanha da Chanel.
Très chic!

quarta-feira, julho 22, 2009

quem vier por bem


bem-vindo
bem-vin.do
adj. 1 Que chegou bem. 2 Bem recebido, olhado com agrado.

Essa simples combinação de palavras me fez pensar onde somos bem-vindos e quando as pessoas são bem-vindas no nosso cantinho. O cantinho pode ser sua casa, seus amigos, sua família, seu orkut, suas fotos, sua intimidade, sua vida.
Enfim, vamos falar de orkut.

Através dele temos acesso à vida escancarada de pessoas que pouco ou nada conhecemos. E nos tornamos íntimos ao comentarmos sobre a vida dos outros.

Comentamos (e todos "nos" incluimos nessa) com ou sem malícia, mas comentamos.

São fotos, bocas, caras, roupas, companhias, frases, comentadas que não levam à nada.
Fofoca só gera mais fofoca.

Daí, me pergunto o que ganhamos com 50, 80, 200 amigos que mal nos conhecem.

Bom mesmo é cuidar das amizades que valem a pena.
E com essas dividir fotos, bocas, caras, frases e momentos compartilhados ou que gostariamos de compartilhar com elas.

(as minhas são preciosas)

Não quero ser careta.
Mas, vale refletir no retorno que temos com tanta divulgação.

Aqui, no meu blog são todos (todos mesmo!) muito bem-vindos.
Porque o meu propósito é dividir pensamentos, dicas e loucuras pessoais com vocês.


Onde ir:
Ao canto de alguem que lhe quer bem e vice-versa

Onde comprar um azulejo assim:
Esse é de um lugar muito especial em Portugal.
Amarante é o nome da cidade.
Casa da Calçada é onde este azulejo mora.
Calma... ainda teremos muito tempo para falar de lá!

créditos da foto: a_luis_a

terça-feira, julho 21, 2009

fofa


Há algumas semanas atrás, enquanto dava uma olhadinha no caderno de fim de semana do jornal, vi a foto da protagonista mais fofa de todos os tempos. E morri de vontade de comentar sobre ela por aqui...

Decidi esperar. Mesmo porque o filme ainda não chegou nas locadoras e não ia deixá-los morrendo de vontade de assistir. No entanto, volta e meia vejo a foto dela no meu blip e vontade de falar sobre ela volta.

Blip? É gente! A cada dia estou surpreendendo mais com a minha modernidade...
Uh huu!

Blip é um site em que você pode se tornar dj, mesmo sem aptidão nenhuma para tal!
Você cria o seu usuário e através dele pode baixar todas as músicas que tem vontade de incluir no seu repertório e sempre que quiser ouví-las, entra no site e coloca a sua playlist para tocar.

O mais legal é que o site é atualizado a cada segundo! Cada vez que um usuário baixa uma música ela aparece no topo do site. Daí você pode escutar um trechinho das músicas que estão sendo baixadas, conhecer novos artistas, bandas e estilos musicais e se gostar dá um blip (e a música passa a fazer parte da sua playlist). Muito bacana!

Pois então, quando criei o meu usuário no blip tinha que colocar uma foto.
Daí, não pensei duas vezes e ao invés de colocar uma foto minha, escolhi a foto da Anna (a tal fofa).

E falando em fofa, vamos ao que interessa.
Anna é a protagonista de "A culpa é do Fidel!", uma produção italiana/francesa.
O filme se passa na França e Anna (com acento no úlitmo "a", já que a pronúncia é francesa) é uma menina de nove anos que mora com os pais jovens, um irmão caçula e uma babá. Ela tem uma vida normal até que seus pais começam a se interessar pelo comunismo e dão um nó na cabeça da Anna.

Detalhe: ela é brava, séria, responsável e linda!
Ah! Ela usa meia-calça azul e é claro que tive que comprar uma...
Apaixonante!

Só vendo para entender o nível da fofura.

Então, fica a dica: entre na lista de espera da sua locadora (para quando o filme chegar) ou se programe para assistir na rede cinemax:

Sabado (25/07)
22:15
Terça (28/07)
20:15

Sexta (31/07)
23:30


O que assitir:
A Culpa é do Fidel!

O que ouvir:
crie o seu blip (http://blip.fm)
e me encontre lá (e_lisa)

quarta-feira, julho 15, 2009

lugares




Quanto tempo sem dar notícias...

Mas, foi um início de semana bem corrido!

O importante é que estamos de volta para falar das pequenas e grandes coisas que nos agradam!
Falando em agradar ... Qualquer lugar em que você esteja com alguem que ame é um lugar agradável, certo?

Digamos que muuuito agradável.

São Paulo (no final de semana) é muito agradável!

Então, para quem tiver a oportunidade de estar lá com a pessoa certa, algumas dicas que não podem faltar:

- Curtir a famosa garoa ... sim! Sábado passado choveu fininho o dia inteiro!

- Andar (com os pés e não de carro!) pelas ruas de bairros agradáveis ...

- Não pensar em compras!

- Selecionar poucos e bons restaurantes, porque você não vai conseguir ir a todos que as pessoas indicam. Escolha aquele que mais tem a ver com a sua vibe (estou moderna!) e curta.
O restô da vez foi o Maní (maravilhoso!).

- Descobrir ruazinhas super charmosas: Rua Tinhorão*

* Uma micro rua ao lado da Praça Vilaboim, que por sua vez é ao lado da Faap, com casinhas fofas (habitadas e comercializadas). Tem de salão de beleza e restaurante à brechó e floricultura.

Ah! A floricultura! Adoramos flores, correto? Essa é de encantar qualquer um: os vasos são antigas garrafas de vidro, enfeitadas apenas com uma fitinha fina. As flores são super selecionadas. Claro que comprei um vasinho! Verde com copos de leite verde. Deixei em sampa, para ser lembrada.

Mas, é uma pena. Porque quando você começa a curtir toda a formosura da rua ela já acabou!


Ps- A foto a cima é de uma floricultura, mas não da Rua Tinhorão. Essa é outra floricultura igualmente linda de BsAs! Fico devendo a foto certa, porque essa só posso postar quando revelar o filme.

Ps 2- Estou com essa mania deliciosa de tirar fotos de filme. Ganhei uma máquina analógica linda, pequenininha que tem focos, poses e luzes que só ela tem. Fora a surpresa de ver e revelar fotos que não foram imediatamente apagadas depois do flash. Ainda bem!

Faz toda diferença ter uma e ter um namorado fotógrafo!

sexta-feira, julho 10, 2009

livro. livre


Falar de paixões não é fácil.
Para não ser injusta com nenhuma das minhas paixões, peço licença para não esgotar o assunto em um só post. Volta e meia vou falar de livros e cinema!!

(Ah! Peguei uma carona em um dos comentários da última postagem!)

Livro, Livre
Adoro a tradução de livro em frânces; livre. Tudo bem... só nós conseguimos fazer essa interpretação, mas não poderia escolher um sinônimo melhor. Diante de livros, somos livres para imaginar os personagens, os lugares, o clima, os sentimentos, dentre tantos outros.

E o melhor de tudo é que somos livres para acessar tudo isso quando e como quisermos.

Dos meus ultimos livros, posso indicar alguns:

Alma de Pássaro - Margarida Rebelo Pinto
Autora portuguesa, que descreve a vida de mulheres comuns, de uma forma deliciosa. Suas histórias mantem os trejeitos "purtugueses" e ainda vem com um dicionário no final do livro, para você consultar palavras que não estão nos nossos dicionários!

A elegância do ouriço - Muriel Barbery
O meu livro favorito, dos ultimos tempos. Adorei a mistura da narração de três personagens com diferentes estilos de vida e faixa etária que se encontram. A história se passa em Paris em um luxuoso apartamento de St Germain. No início, a leitura é difícil, mas depois entramos no clima é difícil de largar o livro antes de acabá-lo!

Cordilheira - Daniel Galera
Esse livro é o primeiro publicado da Coleção Amores Expressos, da Companhia das Letras. A editora escolheu dezessete novos talentos da literatura brasileira para morarem durante um mês nas principais capitais do mundo e para de lá, sentindo e vivendo aquele país, escreverem um novo romance. Cordilheira nasceu da experiência de Daniel Galera em Buenos Aires. Ele fala de literatura, tango e Palermo. Não preciso nem dizer porque gostei, né?

E nada como comprar um livro!
O ritual é sagrado: exige tempo e pode ser uma experiência muito prazerosa.
Entre em uma boa livraria, busque os seus autores favoritos, selecione as capas e títulos mais interessantes, leia os resumos, compre aquele que mais tem a ver com você (pode ser pelo título, pelo assunto, pela capa, pelo autor... não importa) e delicie-se!

Onde ir:
Livraria Cultura
(Em qualquer lugar, porque todas são irresistíveis!)





quarta-feira, julho 08, 2009

julinas



Festas juninas ou julinas são assim: tem gente pra arrumar a festa , enfeitar as barraquinhas, gente para preparar as comilanças (de galinhada à canjica), gente para vender alegria (com comida, pescaria, toca-do-coelho, bebidas, barraca do beijo, prisão etc), tem gente para dançar a quadrilha e gente para curtir tudo isso.

Mas, pensando bem "toda gente é gente para curtir".
O lado da barraca que você está não importa muito.


E deve ser por isso que essas festas são tão lindas, alegres e coloridas.
Todo mundo está lá com o mesmo intuito: comer, curtir o friozinho, encontrar, brincar e dançar, mesmo que os pés não sejam tão dançantes.

Confesso que sempre tenho vontade de dançar a quadrilha junto com os profissionais. Sempre fiz questão de dançar a quadrilha na escola e já fui até a noiva (de quadrilha, gente!), para comprovar a aptidão.

Adoro!
No fundo, gostaria de me fantasiar de caipira todas as vezes que vou à uma festa junina. Acho lindo as meninas com o blush arredondado e exagerado, pintinhas, maria-chiquinhas; os meninos com os bigodinhos, cavanhaques desenhados e chapéus de palha. As roupas são um detalhe a parte: vestidos coloridos, onde as estampas não tem limites, camisas xadrez e retalhos na calça jeans.


Mas, eles são crianças não é?
E o melhor de tudo: nos meses de junho e julho as festas acontecem a todo momento!
Sempre tem uma igreja, um clube, uma escola e até uma casa no ritmo das julinas.

Não fique aí parado!
E, se ainda não entrou, entre logo no ritmo do "pula a fogueira", antes das julinas acabarem!


domingo, julho 05, 2009

milonga


Falando em Argentina...

Calma, gente. Não vamos falar aqui de gripe suina, certo?

Mas, essa história toda de cancelamento de viagens para Buenos Aires me deixa triste.

É mesmo uma pena as pessoas não poderem curtir Bs As (Buenos Aires) no inverno.

Eu sou uma fã incondicional da cidade portenha. Tudo lá me agrada; o clima, a cidade, as pessoas,
o atendimento, os restaurantes, os bairros (em especial o Palermo) e, claro, o tango.

(Também sou fã do nosso samba!)

Mas, vamos dar a César o que é de César: não existe nenhuma outra dança tão sensual quanto o tango. E quando tiver a oportunidade de ir a Bs As não deixe de ir a uma Milonga.

milonga sm. milonga é um estilo de dança e assim como o tango é derivada do habanera (outro estilo de dança). Os bailes e salões onde se dança tango também são chamados milongas.

Fui a Bs As quatro ou cinco vezes e sempre busquei um lugar não-turístico para ver, ouvir e dançar tango. Da ultima vez que estive lá descobrimos, através de um brasileiro, que no Palermo tinha uma Milonga (uma Milonga?).

Sabíamos, apenas, que era um lugar para ver, ouvir e dançar tango.

Fomos, então, depois do jantar à essa tal de Milonga. Imagine um salão bem grande, com pessoas locais (ou seja: sem turistas e sem artistas com shows ensaiados), um bom tango tocando e portenhos de todas as faixas etárias dançando no meio do salão.

A entrada custava somente uns 8 pesos e sem pensar duas vezes entramos e passamos a admirar o tango despretencioso, dançado por gente comum.

Foi uma das melhores surpresas que tive em Bs As. Descobri que o tango é dançado não só através de pernas se entrelaçando, mas através de olhares, mãos que seguram a nuca, cintura ou o ombro de seus parceiros. A energia que um casal tem na pista é indescritível. Só indo à uma Milonga para ver e sentir.
Mais um detalhe: depois das 3 da manhã, o tango é tocado e cantado ao vivo (vide foto).
Maravilhoso.

Então, quando toda essa onda de gripe passar, não deixe de recomprar o seu pacote para Bs As e apreciar, além de tudo que a cidade já tem para nos oferecer, uma boa Milonga.

Onde ir:
La Virtua Tango
Armenia 1366, Palermo - Buenos Aires
Milongas: Quartas, Domingo 11 pm , Sexta e Sabado a 00 am

O que ouvir:
Vuelvo al Sur - Gotan Project

sexta-feira, julho 03, 2009

café

Este é um blog para descrever os pequenos e notáveis prazeres que passam, muitas vezes, despercebidos por nós.

Para começar: "tomar um café".

Vou deixar de lado, fatos históricos, nutricionais e de cunho gastronômico do café (até porque não sou barista), para exaltar os sons e cheiros que vem junto com o café.

Adoro a desculpa de "tomar um café" para bater um papo, uma reunião rápida, uma boa oportunidade de estar junto com alguem. Especialmente quando o "tomar um café" significa escolher o lugar certo, onde o café é servido com a xícara certa e os acompanhamentos certos.

Xícara certa? Sim!! Existem as simples e bonitinhas e as que encantam a gente. A mais linda que eu já vi, foi em Barcelona no restaurante Brown33. Acompanhamentos certos? Sim... me decepciono quando peço um café que não vem com nem um petit four. É o fim.

Mimos do café: o pequeno copo de água com gás. Humm... nada como limpar as papilas gustativas antes do café, certo?

O barulho das xícaras, pires, colheres e máquinas de café me fazem sentir em outro mundo. Quando o cheiro toma conta do lugar então... hummm! Aquele se torna o ambiente perfeito para qualquer encontro: com alguém, com um livro ou com você mesma.

Na verdade, não importa muito se você vai tomar várias xícaras, uma ou apenas uns golinhos da xícara quente que chega à mesa, o importante mesmo é sair de casa para "tomar um café".