quinta-feira, dezembro 10, 2009

bossacucanova


A semana começou e vai terminar em ritmo de bossa nova...

O estímulo à bossa nova foi pequeno, confesso. Estava meio receosa em escrever sobre Tom e Vinicius...

No entanto, a reação foi surpreendente! E para quem escreve para um infinito que se chama internet, como eu, quando um visitante passa por aqui é gratificante. Agora, imagina quando alguns visitantes passam? É sensacional!

Mas, também né? Vamos dar a césar o que é de césar. Quem é que não se encontra nas palavras cantadas de Tom Jobim, na melodia doce e despretenciosa da bossa, quem é que não se sente bem ouvindo bossa nova?

E por falar em ouvir bossa nova, passei a semana toda com as minhas músicas preferidas na cabeça. No entanto, não fiquei só no Tom e Vinicius e por isso resolvi compartilhar um pouco mais de bossa com vocês...

Já ouviram falar em bossacucanova?
Se ainda não ouviram não sabem o que estão perdendo...
Bossacucanova não é apenas a junção de algumas palavras interessantes; é uma bossa diferente.

A idéia é simples: coloque em um recipiente muita bossa, cuca fresca e novas batidas, misture bem até a massa ficar homogênea e pronto! Um delicioso preparo para ouvir e apreciar a qualquer momento. (ou quase isso!)

A primeira vez que ouvi o nome (há dois anos), gostei tanto daquela combinação de palavras que resolvi comprar ingressos para o show sem saber ao certo o que iria encontrar...

Bem, encontrei um clima carioca sem igual, músicos super talentosos e uma cantora que dançava com muita bossa... O show era sentado em uma sala do CCBB, mas o público não conseguiu se segurar nas cadeiras e logo foi ocupando os corredores para entrar no clima (eu idem, claro!).

Nem preciso dizer que foi incrível né?
No outro dia, foi correndo comprar o meu cd (o primeiro) e passei a ser fã de carteirinha.

Este ano, o bossacucanova veio mais uma vez a Brasília.
E, lógico, que eu fui me balançar novamente...
Depois do show, que era do novo cd ao vivo (em celebração aos 50 anos da bossa nova), comprei o cd lá mesmo, contrariei as minhas irmãs, fiquei na fila e peguei os autógrafos!!!

Ah ha!! Você nunca pensou que eu fosse capaz de ser tão tiete, né? Nem as minhas irmãs, que riram o tempo todo da minha cara na fila e no final também quiseram cumprimentar os meus amigos músicos.

A imagem de hoje é o meu cd autografado (!!) com muita bossa, paz e amor;
Como tem que ser.

domingo, dezembro 06, 2009

tom e vinicius


Foi difícil acumular coragem ao longo do dia para falar de Tom e Vinicius.
Afinal de contas, falar de Tom ou Vinicius, Tom e Vinicius, é de uma responsabilidade sem tamanho.

E depois de muito procurar por palavras, mesmo que singelas, sobre o que eles significam para a Bossa Nova, para a nossa música popular brasileira, para o mundo, ou para mim, descobri que seria uma missão impossível.

Felizmente, encontrei uma brecha. Uma licença quase poética para falar deles não descorrendo sobre eles e sim sobre a peça-musical que assisti ontem.

Tom e Vinicius, o musical, surgiu da enorme vontade de Marcelo Serrado em levar aos palcos um pouco da brilhante parceria do maestro com o poeta. O resultado deste grande trabalho, em cena, nas pesquisas, na interpretação musical e teatral, não deixa a desejar em nada. O musical é incrível, emocionante e faz com que todo o palco cantarole baixinho toda vez que alguma musica começa.

É, a cantoria da platéia começa tímida. Como quem não quer incomodar seu vizinho do lado, de cima ou de trás. Mas, é impossível não cantar forte, com arrepio e (quem sabe) lágrimas nos olhos quando aquela musica favorita começa.

Como o repertório de Tom e Vinicius é extenso, a minha favorita pode não ser a mesma favorita do vizinho da frente. E se um começa a cantar, todos se sentem no direito e dever de acompanhar. É lindo!

As interpretações de Marcelo Serrado como Tom, e Thelmo Fernandes como Vinicus, são excelentes e nos dão a ingênua sensação de termos nos tornado mais íntimos dos verdadeiros Tom e Vinicius depois da sessão.

A intimidade com Tom e Vinicius pode ser, realmente, ingênua posto que não podemos voltar no tempo.
Mas, a emoção de ouvir aquelas músicas (tocadas e cantadas ao vivo) e descobrir a familiaridade de uma amizade que ia além da sintonia musical e poética; é real.

Se a gente se universaliza quando fala do que é brasileiro, como dizia o Tom...
Ontem, o público se universalizou cantando bossa nova.