quinta-feira, agosto 13, 2009

babá, para que te quero


Ontem, no trajeto casa-trabalho vi uma cena que me deixou chocada...

Uma mulher caminhando na rua, de óculos escuros, cabelos ao vento e celular na orelha.
Nada de errado até então, certo?

Até que adicionamos uma babá, que vinha logo atrás da mulher, de mãos dadas com um menininho de 4 anos.
Como se não bastasse uma babá, em sequencia, vinha a segunda empurrando o carrinho de bebê, com um bebê dentro.

Ok... tudo normal?

Não!! Por favor!

A mãe resolve sair para caminhar em uma linda manhã ensolarada, com os filhos.
E leva as babás para segurar a mão deles?

Hello?!!

Ela estava ocupadíssima, falando ao telefone? Ela estava resolvendo problemas da empresa em que trabalha? Ela estava fazendo o seu exercício matinal? Ela é atleta e estava aproveitando o treino para ficar com os filhos?

Nada justifica.

Acho eu, que não sou mãe mas pretendo ser um dia, que quando você tem um tempo disponível para estar com seus filhos, você QUER estar com seus filhos, COMPLETA.

Isso significa dar a mão para eles enquanto caminha, conversar com eles, ensiná-los coisas que só você pode ensinar e aproveitar o momento. Pois, considerando que a mulher tem que ser mãe, esposa, atleta, sarada, trabalhadora, sexy etc, quando ela arranja qualquer tempo para qualquer uma das suas múltiplas versões, ela deveria tirar o melhor proveito daquele tempo.

Em se tratando de filhos ...
Não preciso nem continuar.

Isso me revolta. A quantidade de babás para cada filho, a quantidade de babás (e não de mães) que levam os filhos em festinhas de criança, a quantidade de babás que ensiam os filhos quando estas não encontram tempo para tal, a quantidade de babás que dão (ou não) o carinho que o filho precisa.

Daí, me lembro de uma cena que mereceu uma fotografia.
(e merece ser postada)
Em um parque, uma mãe brincando com os seus dois filhinhos pequenos.
Ela soltava bolhinhas de sabão e eles deliravam de felicidade.
Lindo!

Uma mãe de verdade, como a minha.

5 comentários:

  1. tsc, tsc, tsc... essa vida no Lago Sul...! hahahaha. a declaração ao final foi linda, "by the way"!

    :* beijo, amiga.

    ResponderExcluir
  2. ainda bem que fomos criadas assim, como você deixou claro no seu texto (lindo!). ainda bem que conseguimos distinguir certas coisas que, para outras pessoas, parece tão normal. quando eu tiver os meus filhos eu vou deixar eles passarem o dia na casa da titia Elisa porque eu vou ter certeza que eles vão ter o seu carinho. o único perigo que corro é deles voltarem da sua casa curtindo "tomar café com petits fous" e "assistindo filmes cults" (o que seria maravilhoso, anyway).

    adorei o texto.

    ResponderExcluir
  3. p.s: a foto é maravilhosa. se eu não soubesse que foi você quem tirou, eu duvidaria que essa cena fosse verdade. acharia que essas coisas só aconteciam em cenários cinematográficos, ou há décadas e mais décadas atrás. (ainda bem que não)

    ResponderExcluir
  4. Estou lisongeada...obrigada minha filha.Realmente curti muito ser mãe,amamentar, sentar no chão, brincar de lego e bonecas,ir ao parquinho, ver desenho na tv, cantar dançar tudo juntinho com vcs.
    Tenho convicção que vcs serão as melhores mães do mundo ! Já que são as melhores filhas. Que sorte eu tive em te-las!!!

    ResponderExcluir
  5. Nossa, Elisita!!!
    Identifiquei-me totalmente com esse post!!! Eu sinto a mesma indignação quando eu vejo isso! Não suporto a quantidade de babás... Mas sabe o que eu acho? Hoje em dia é sinal de status. Quanto mais babás, mais "poderosa" a mulher se sente e aparenta ser para as demais que são como ela. Mas para mim, quanto mais babás, mais fraca é a cabeça da mãe e, consequentemente, mais fraca será a cabeça dos filhos.
    CREDO!
    Beijocas!
    P.S. A foto está uma coisa de linda!

    ResponderExcluir