quinta-feira, fevereiro 11, 2010

álbum


Finalmente consegui uma brecha e uma boa inspiração para aparecer por aqui.
Ontem, eu estava organizando álbuns de fotos (reveladas, diga-se de passagem) e me dei conta que este hábito, um pouco ultrapassado, merecia um post especial.

Suspeito que as pessoas passaram a não mais revelar as fotos depois da máquina digital. Não que eu tenha alguma coisa contra a máquina digital... Sem ela nós não poderiamos compartilhar fotos com tanta facilidade, tirar tantas fotos, testar caras e bocas em frente ao espelho (sim! muitas pessoas fazem isso e realmente conseguem encontar o ângulo perfeito para serem retratadas!) e além de tudo, não poderiamos optar por revelar ou não certas fotos.
No entanto, a tecnologia das máquinas digitais nos torna, na maioria dos casos, mais preguiçosos e o ato de revelar fotos se torna ultrapassado e teoricamente desnecessário. Atenção para o "teoricamente" desnecessário, porque a foto revelada revela muito mais do que a foto nas telas em que são projetadas.

A foto revelada captura o momento e o torna palpável.

A foto revelada tem cor, emoção, sensação e texturas que não podem ser reveladas a não ser na revelação em uma folha de papel.

E a foto revelada não pode ser jogada em qualquer lugar. Sim! Ela merece um carinho especial, como se aquela lembrança estivesse ali. Daí aparecem coadjuvantes importantes; os porta-retratos (tão queridos) e os álbuns de fotografias (tão esquecidos).

O próprio ato de escolher quais as fotos merecem representar aquela viagem, aquela festa ou aquele momento é delicioso. E quando folheamos as páginas de um álbum é como se estivéssemos revivendo tudo o que passou.

Não precisa concordar comigo imediatamente. Mas, garanto que se o teste for realizado a comprovação é imediata.

Eu, que nasci na fase pré-digital, agradeço muito o hábito de família que me foi passado. Não há nada mais prazeroso do que continuar completando meus álbuns depois que revelo um filme.

Ok... estou mais para pré-histórica do que para pré-digital.
Troquei a máquina digital pela analógica para poder usufruir ainda mais do mistério de revelar algo que não me lembro que foi fotografado ou que não foi apagado por uma bobeira de momento.
Mas, confesso que a compra dos filmes (brancos e coloridos), as fotos, a revelação, os negativos, as cores, os contrastes e os álbuns fazem parte de um hobbie disfarçado.


A foto
Um homenagem ao casal que adora tirar, guardar e presentear os outros com fotos (com máquina analógica ainda hoje!) e que nos revelam a importancia de revelar.

4 comentários:

  1. Oi, amiga! Estou super sumida, eu sei. Mas hoje vim deixar o meu parecer! Hahhahahaha. Eu sou mesmo preguiçosa pra revelar fotos de máquina digital. Lamento isso. Até tenho uma pasta no computador com "fotos a revelar", mas revelar que é bom... nunca vou! Mas já tive 2 péssimas experiências com máquinas de filme: ¹uma no mochilão pela Europa com as meninas, que eu não levei digital, só analógica, e as fotos ficaram horrorooooosas (o André estava com uma tala no dedo e a maioria das fotos saiu com a tala cobrindo a metade) ²e a outra foi essas férias, que eu levei uma analógica, bati as 36 poses, mas quando acabou eu não consegui rebobinar o filme e, na verdade, o filme não chegou nem a girar... precisei de muito consolo pra superar (pelo menos eu tinha levado a digital). SOLUÇÃO? Deixar de ser preguiçosa e revelar as fotos da máquina digital. Pra mim, é mais seguro! Adorei o post! Adoro foto em papel fosco. Beijos

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  2. Querida Elisa,
    Tive saudade e decidi ler seu blog pra matá-la!
    Adoro!
    Vc podia me mndar um e-mail sempre que o atulizasse, que tal? Pq como sou lesa fico um tempão sem ver...
    Beijos com carinho!
    Tati Deperon

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  3. elisah. seu blog merece um post sobre o hotel tres chic e seus moinhos. eu acho. bjomeliga

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