
Filho de peixe, peixinho é.
E se o peixão gosta de tênis, os peixinhos também hão de gostar.
Dia de final de tênis em casa é dia de torcida fervorosa, para quem quer que seja o desaviante do Federer.
Felizmente, tivemos um show ontem à noite...
E Del Potro foi o nosso heroi.
Bom, temos muito o que falar..
Por isso, vou começar pelo óbvio: Federer é o melhor, mais completo, com direitas, esquerdas, saque, voleios e movimentação de pernas mais perfeitos de toda a história do tênis.
E quanto a isso não tem o que discutir.
E como não tem o que discutir, não tem como torcer para ele.
A razão é simples: torcer para quem já tem lugar reservado no pódio não tem graça, ainda mais quando o lugar no pódio, na grande maioria das vezes, é o primeiro.
E não tem graça torcer para alguem que não vibra, não se emociona, não transpira, não te levanta da cadeira para torcer junto por um ponto.
Por tudo isso... o peixe e os peixinhos não torcem para o Federer.
Aliás, torcemos para qualquer um que entra em quadra com ele.
E quando esse ainda tem chances de ganhar, a torcida fica mais vibrante.
Ontem, as chances de Del Potro eram pequenas no primeiro set. Federer ganhou fácil e mostrou para todo mundo o que já estamos acostumados a ver: um show, realizado sem esforço algum.
Mas, então... um argentino com sangue latino começou a mostrar a ele para que estava ali.
Sensacional!
Eu que sou fã de carteirinha do Guga, incluí mais um ídolo na minha lista do tênis. Que diga-se de passagem é bem restrita.
Em primeiro lugar vem o Guga; que é genuinamente brasileiro, tem raça, tem jogo, tem estilo na quadra e tem um "auannn" fofo quando saca.
Em segundo lugar temos o Nadal, nosso touro. Que vibra, luta até o final, tem jogadas excepcionais, batidas fortes, tem o nosso sangue latino e fala espanhol.
Agora, o mais recente integrante: Del Potro. Argentino, fala espanhol, com quase 2 metros de altura, joga com a tranquilidade de quem não tem à sua frente um Federer e o atropela...
E por falar em Argentina...
O terceiro assunto do dia é: a ignorância sem igual dos americanos.
Estavávamos assistindo a transmissão do us open no Sportv, em português, mas como ela estava falhando muito trocamos de canal (Espn) por alguns instantes ...
Instantes suficientes para nos irritarmos com os comentários do narrador e comentarista americanos.
Estavam eles, comentando que Argentina "is a small country" e que lá eles não tinham grandes estrelas no tênis.
Hello!!!
Pra começar... a Suiça (de Federer) é grande né?
A Suiça tem 41 285 km², comparados aos 2.780.400 km² de extensão da Argentina.
E a Argentina possui um dos grandes tenistas da história, Guillermo Vilas além de extensa lista de bons tenistas, inlcuindo Gabriela Sabatini.
Então, vamos combinar que um comentarista de tênis não pode ter conhecimentos tão restritos sobre o assunto.
Mas, americanos são assim..
Como acham que a Amazônia não é brasileira, ensiam nas suas escolas somente o que lhes é agradável da história mundial, quando não ensiam coisas erradas.
Acho isso o fim da picada.
E para quem acha esquisito eu falar bem da Argentina..
Bem, hermanos...
Só tenho problema com eles no futebol!
Quanto ao resto, adoro Bs As, adoro o serviço que eles nos oferecem na cidade, adoro os vinhos de lá, e torço pelos jogadores (de tênis) argentinos.
E depois que o meu espanhol favorito (e genuíno) fala espanhol ao pé do meu ouvido...
Posso até dizer que acho a lingua linda!